A importância da atuação feminina nos CRAAIS

Com a Servidora Margarete Espírito Santo

Ainda estudante de direito, a então estagiária Margarete Espírito Santo ingressou em 1999 no MPRJ. Após alguns anos de trabalho, prestou concurso e foi convocada como técnica administrativa na instituição em 2005. Iniciou na comarca de São Francisco de Itabapoana, no norte do Estado do Rio, e desde 2009 assumiu a secretaria do CRAAI de Campos dos Goytacazes.

No ano passado ela foi condecorada pela Administração com a medalha Annibal Frederico de Souza, que homenageia os funcionários que contribuem para o engrandecimento da Instituição. Mas ela de forma modesta diz que não fez mais que sua obrigação nestes anos na casa, e que por ter passado pela iniciativa privada tem outra mentalidade em relação a alguns dos seus colegas de trabalho.

“Não faço nada além do meu trabalho. Acredito que isso seja um reconhecimento do meu e fico muito feliz por isso”, afirmou.

Em relação à participação das mulheres em cargos de chefia, ela defende que hoje não existe mais muita diferença nesta questão embora muitas tenham jornada dupla com os afazeres de casa. Na sua opinião, esse é o século das mulheres e isso não tem mais volta.

“Às vezes a mulher tem até mais feeling para conversar com as pessoas, tem mais jogo de cintura para liderar. Para nós é muito bom ser colocada nesses cargos, porque antigamente era muito difícil. Isso tem que mudar mesmo e veio para ficar”, defendeu.

Quanto aos desafios enfrentados na administração das regionais do interior, a questão do distanciamento dos locais acaba sendo o mais difícil. Quando se está lotada na sede, nesse sentido, o acesso a determinadas demandas são mais facilitadas. Por outro lado, no interior as pessoas são mais próximas e acaba resultando num ambiente de trabalho harmonioso e com mais intimidade entre os servidores.

Mas a pauta dos CRAAIS em relação à capital é a mesma. As reclamações, como o MGP ou a internet, dentre tantas outras reivindicações, acabam se reproduzindo no interior. Os reajustes, segundo ela, tanto salariais quanto de benefícios, que estão pendentes, continuam sendo as pautas prioritárias para a categoria.

“É muito importante que a Associação continue lutando em defesa dos nossos direitos. Daí a importância de mais servidores se associarem e participarem para dar mais força e legitimidade à entidade. A Assemperj tem feito um bom trabalho, e só conseguiremos atingir ainda mais conquistas através da união da categoria”, concluiu.